Avó, nome mais doce que brigadeiro, A segurança do abraço quente, Do colo que aconchega, Da certeza nos momentos de incerteza. A conversa longa... Sem pressa; Do olho no olho, sem julgar; A compreensão do olhar aflito; A estrada curta que leva ao infinito; O beijo terno; A bronca... O olhar severo; A mão segura de quem já viveu; O prato certo na hora da fome; A cama feita, quando o cansaço consome; A benção certa no amanhecer; A saudade na ida E a pergunta da demora; O amor, quase perfeito, Que carrega no peito O menor gesto De quem agora cresce... A criança doce, Viva nas lembranças; A sobremesa da vida, Alguém disse. Avó, o cheiro vindo da cozinha; O pratinho quente; A compreensão; O silêncio. Ninguém nasce avó; Aprende-se a ser. Aquela que ensina os primeiros passos; Ajuda a ler o que é quase traço; Brinca, corre junto E vai no compasso Deste amor uno Que dele precisa Quem na vida crê.
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